Istambul
Às margens do estreito de Bósforo, que separa a Europa da Ásia, Istambul tem um pé no oriente e outro no ocidente – literalmente. A sua posição geográfica diz muito sobre a cidade. De um lado, o chamado às orações que emana das mesquitas e as mulheres cobertas com véus garantem o exotismo que se espera da maior cidade da Turquia. Do outro, uma metrópole moderna habitada por 13 milhões de pessoas, numa nação islâmica progressista e cada vez mais alinhada à União Europeia (ainda que as vertentes mais conservadoras da cidade estejam sempre militando pelo caminho oposto). Em 2010, Istambul foi uma das três capitais europeias da cultura. Para a ocasião, tratou de deixar impecáveis os seus principais cartões postais, aguçando ainda mais a sua veia turística. Algumas das mesquitas mais belas do mundo, palácios suntuosos e monumentos históricos bizantinos fazem parte do seu cardápio de atrações. Mas o lado moderno e mundano da cidade, onde come-se muito bem e a noite pulsa com uma força surpreendente, também merece a sua atenção.
Fundada como colônia grega sob o nome de Bizâncio, no século 7 a.C., a cidade floresceu com as rotas mercantis que se cruzavam na região, vindas da Ásia, do Mediterrâneo e do Mar Negro. Por ali passavam vinho, mel, azeite e grãos e uma importante cultura comercial começaria a florescer no entorno. Conquistada pelos romanos, séculos mais tarde, sob o comando de Constantino, a capital seria transferida para lá e passaria a ser conhecida como Constantinopla. Por centenas de anos a cidade seria a mais rica e poderosa de toda a cristandade e, sob o a bandeira do Império Romano do Oriente, seria seu último bastião de resistência. Os vestígios mais importantes desse período são antigas igrejas de estilo bizantino, as fundações do antigo hipódromo e a grandiosa basílica de Santa Sofia. No vai e vem das Cruzadas que por ali passaram, Constatinopla iniciaria um lento declínio até cair perante o ascendente poder otomano. O ano era 1453 e o fato foi de tal forma relevante que determinou o fim do que conhecemos como Idade Média.
Sob a administração otomana de líderes como Mehmet II e Solimão, o Magnífico, a cidade floresceria com a tolerância religiosa e o controle de rotas comerciais. Rebatizada como Istambul, muitos de seus atuais ícones arquitetônicos foram erguidos nesse período, incluindo a fabulosa Mesquita Azul, o Grande Mercado e o extenso Palácio Topkapi dos sultões e seus haréns. Com o fim do Império Otomano depois da I Grande Guerra, o líder político Mustafa Kemal Pasa, conhecido como Ataturk, implementaria uma série de reformas que pavimentariam a face turca atual, que mescla o chamado dos muezzins para as orações diárias e o pragmatismo secular, que é europeu, asiático, globalizado.
Istambul é isso, exótica, disputada, fascinante.
Capadócia
A região da Capadócia fica na parte asiática do país, o destino é muito procurado por suas formações geológicas pitorescas, pelos voos de balão, pelas cidades subterrâneas, pelos cavalos selvagens e por ser o local de nascimento de São Jorge.
Diferente do que muitos pensam, a Capadócia não é uma cidade, e sim uma região cheia de pequenas cidades e vilarejos com estrutura turística para receber viajantes. A maior cidade é Kayseri, como disse antes, mas a região tem ainda Nevsehir, Aksaray, Nigde, Derinkuyu, Kaymakli, Ihlara, Goreme, Uçhisar, Urgup e Avanos.
A abundância de formações rochosas na região formadas pela erosão ao longo dos anos produziram diversas cavernas naturais, grutas e depressões que foram utilizadas ao longo do tempo como casas, igrejas e até mesmo cidades subterrâneas.
Tarso
Este é o lugar onde São Paulo nasceu. A Igreja de St. Paul também está localizada em Tarso. Além disso, a Igreja de Santa Tecla, a Igreja do Tempo Olba, a Igreja da Virgem Maria e o Mosteiro Alahan estão na cidade de Mersin. Desde que o Vaticano anunciou junho de 2008 a junho de 2009 como o “Ano Paulino”, diversas atividades foram realizadas em Tarso e Mersin.
Éfeso
Éfeso é uma das maiores cidades em ruínas do mundo ocidental. Já foi uma cidade grega erguida por volta de 1000 a.C. A cidade que se vê hoje foi fundada no século 4 º a.C., por Lisímaco, sucessor de Alexandre, o Grande.
Mas foi sob o domínio romano que a cidade se tornou um importante porto do Egeu. As edificações que restaram datam, basicamente, desse período.
Éfeso é a cidade romana mais bem preservada do Mediterrâneo e está entre as grandes atrações da Turquia ao lado de Istambul e da região da Capadócia.
Patmos
Patmos é uma ilha mundialmente conhecida. Talvez mais por sua história e lendas do que pelo visual. Mas o cenário formado pela ilha grega não deixa nada a desejar para quem decide visitá-la.
O lugar é tido como uma ilha sagrada, já que é onde São João escreveu o Livro do Apocalipse. É um destino ideal para os amantes da natureza, graças à sua costa, ao seu penhasco e ao seu solo vulcânico.
Designado como “Terra Santa” pelo Parlamento Grego em 1981 bem como um Sitio de Herança pela UNESCO em 1999, Patmos tem sido usada como um lugar de exilio pelos Romanos, devido a sua morfologia íngreme. Foi também por isso que São João achou seguro refugiar-se na ilha, no primeiro século DC, exilado pelo Imperador Domiciano.
A principal cidade da ilha é Skala, onde fica o porto, com pequenas casas pintadas de branco que formam a paisagem típica das ilhas gregas. Suas ruas estreitas e históricas ruas abrigam restaurantes, cafés, lojas e tradicionais padarias.
Entre os principais atrativos da cidade, dois remontam ao forte cunho religioso que se encontroa por lá. São eles o Monastério de São João e a Gruta Sagrada do Apocalipse. O primeiro é um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO que foi construído no século 11 em homenagem a São João. Sua construção com pedras cinzentas tem aspectos de um castelo medieval com muros de mais de 15 metros de altura. A caverna, situada entre Skala e Chora, também é reconhecida como patrimônio e fica dentro de uma igreja.
Rhodes
A Ilha de Rhodes foi um importante centro econômico da Grécia nos tempos antes de Cristo. Historicamente, é famosa por ter abrigado uma das Sete Maravilhas do mundo antigo: o Colosso de Rhodes.
Das mais de três mil ilhas gregas, Rhodes é a quarta maior. Tem uma área de 1.400 km² e uma população de 110 mil habitantes. É apelidada de a ilha do Sol: tem em média 300 dias de sol por ano. Seu excelente clima e sua posição geográfica – fica a 18 km da costa da Turquia – são os principais fatores que fizeram a ilha um lugar especial na antiguidade. Rhodes, todos os anos, recebe mais de um milhão de turistas.
Rhodes tem muitas ruínas de antigos locais históricos. Uma das construções mais importantes é o Templo de Atena, do século IV a.C., que está em processo de reconstrução; algumas de suas colunas reconstruídas já podem ser vistas.
Por sua importância histórica e belezas naturais, a Ilha de Rodes é um dos lugares do mundo que merece ser visitado.
Creta
A Ilha de Creta, na Grécia, é mais conhecida por ser um famoso cenário da mitologia grega. Segundo algumas histórias mitológicas, Creta foi governada pelo Rei Minos, filho de Zeus e Europa. Sob suas ordens, na ilha, foi construído por Dédalo o labirinto do Minotauro, criatura que foi derrotada pelo herói Teseu.
Na história real, há quase cinco mil anos, Creta foi o berço da Civilização Minoica, ou cretense, considerada a mais antiga da Europa. Depois dessa época próspera, Creta foi dominada por romanos, bizantinos, árabes, venezianos e turcos, até que, em 1913, passou a fazer oficialmente parte da Grécia. Creta conserva vestígios de todos esses povos, como nas ruínas minoicas.
Maior ilha grega, Creta é um popular destino turístico e atrai milhões de visitantes todos os anos graças a sua rica história, suas lindas praias e seu clima ameno. Por ter um extenso território, é possível encontrar de tudo um pouco em Creta – de vilarejos tranquilos a cidades movimentadas, como Heraklion, Chania e Rethymno.
Heraklion, inclusive, é um prato cheio para quem gosta de história e arqueologia. Lá fica o Museu Arqueológico de Heraklion, um dos mais completos sobre o tema, e o sítio arqueológico de Knossos. Com ruínas minoicas e um palácio, Knossos é o local que mais se assemelha ao mitológico labirinto do Minotauro.
Creta também possui centros históricos interessantes, antigos portos venezianos, igrejas ortodoxas e belas praias, como a de Elafonissi, considerada uma das mais bonitas do país. Além disso, não faltam boas opções de vida noturna. Afinal de contas, a Grécia é famosa pelo povo hospitaleiro, divertido e animado.
Atenas
Três milênios de idade e um povo preocupado com o seu legado fazem da herança histórica de Atenas uma maravilha difícil de superar. A cidade é um espetáculo ao ar livre, estrelado principalmente pela Acrópole, o Parthenon e outros registros palpáveis do chamado berço da civilização Ocidental e da democracia. A riqueza do passado se encaixa em uma metrópole europeia moderna que, se observada na sua aparente confusão de carros e poluição, é prontamente radiografada como boêmia, cosmopolita e eclética. Quem caminha por suas ruas sente de primeira os aromas de cordeiro, iogurte, alho, limão e outros itens da deliciosa culinária grega. Andar em Atenas é também viajar no tempo, flagrando sacerdotes ortodoxos a se misturar com a multidão na Praça de Syntagma, ou vendo automóveis passar em frente ao Arco de Adriano. Paradoxos estimulantes a se contemplar entre belos restaurantes, uma vida noturna agitadíssima – sim, é verdade, muitas noitadas gregas acabam com gente dançando em cima da mesa – e uma boa dose de infraestrutura moderna – o metrô, por exemplo – alavancada pelas Olimpíadas de 2004.
Corinto
Através de sua longa história, Corinto tem sido abençoado e amaldiçoado por sua posição sobre a encruzilhada entre a Grécia continental e do Peloponeso e entre o Golfo Sarônico e no Golfo de Corinto. Sua posição de comando gerou grande riqueza e atraiu inimigos poderosos. Hoje, é também uma encruzilhada em tempo, que lhe permite explorar ruínas antigas e sua própria coragem, saborear o fruto da terra fértil e descobrir as muitas facetas da cidade moderna.